Salvo para uns poucos, o ano que se foi já foi tarde, de tanto sofrimento e chateação que causou. E olhe que estou me referindo aos sofrimentos individuais, aos atrasos de vida que provocou nos cidadãos comuns. Não quero nem começar a falar nas desgraças nacionais e mundiais, que resolveram fazer deste o seu ano, com os atentados, guerras e a imensa lista que a TV nos fez recordar.
Cada um com quem a gente conversa tem pelo menos um forte motivo para querer que o ano passado suma. Corrupção, desemprego, insegurança, epidemias e muito mais que, de todas as formas, atingiram a maioria das pessoas. Enfim, só mesmo aqueles poucos privilegiados e os cinco que acertaram na mega da virada não têm do que lamentar.
E não adianta botar a culpa no governo, na natureza, no parente ou no vizinho. O que acontece com cada um ou com a humanidade é culpa nossa. Vacilo após vacilo, somos empurrados para situações que não queremos, mas nada fazemos para evitá-las. Por mais tentação que tenhamos de responsabilizar alguém que não seja a gente mesmo pelos nossos problemas, não há como escapar: cada qual é culpado pelo que acontece a si.
Porém, vamos em frente. A minha intenção é levantar o astral e não aumentar a culpa das pessoas, que já é grande. A sabedoria popular ensina que raramente há dois anos seguidos de grandes dificuldades, não sei se é assim com todo mundo, mas muita gente concorda. Faça você seu retrospecto e confirme ou negue.
Vamos acreditar que isso é verdadeiro e nos preparar para o melhor. Mesmo porque, de uma maneira geral, o ano que começa promete ser bom mesmo, afinal é ano eleitoral e o Brasil nessas épocas vira um paraíso. Dinheiro solto, financiamentos em longo prazo, anistia de impostos, emprego, passagens mais baratas, etc. Quer dizer, até a realização das eleições, estamos bonitos! Ê, coisa boa!
Precisamos apenas ter um pouquinho de cabeça, usar a malícia e tirarmos proveito desses políticos no poder, que tiram proveito da gente por quatro anos. Pro ano novo ser bom como a gente quer e merece, temos que ser espertos: queremos empregos, segurança, saúde e educação, agora. Sem essa de “quando eu for reeleito!...”, tem que ser hoje, no máximo amanhã.
Temos que prometer o nosso voto, dizer que vamos sair por aí pedindo voto pra eles, garantir que nossa família é grande e vai votar inteira e tudo o mais. É disso que eles gostam. São como a gente: adoram promessas. Pelo menos vamos demonstrar que não somos os palhaços que eles pensam.
Fora esse papo de malandragem que os políticos nos obrigam, tem o lado sério. A confiança que a existência está ao nosso favor, desde que o amor ao próximo e ao nosso planeta seja praticado sempre, pois é essencial para alcançarmos o sucesso que buscamos. Não apenas o sucesso material, mas o espiritual, este sim ninguém pode nos tomar, e também porque o primeiro está preso a ele, vem junto, são como as duas faces de uma moeda.
Por tudo isso, este ano vai ser bom. Acredite e ele será. PEDRO CAMPOS
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